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Dicas da DWT

Retomada imobiliária se concentra no alto padrão e na moradia popular no Rio

Dca

Ainda superando os efeitos de uma longa crise, o mercado imobiliário carioca vislumbra dobrar o número de lançamentos este ano na comparação com 2018. A expansão vem das duas pontas do setor: a moradia popular, que manteve o desempenho a despeito da crise, e, principalmente, o segmento de imóveis de alto padrão.

A expectativa do mercado do Rio é fechar o ano com mais de uma centena de empreendimentos, a maioria na Zona Sul. — Vamos manter o movimento que ganhou fôlego no fim de 2018. Já esperamos o dobro de empreendimentos, principalmente nas regiões de maior valor, que são Zona Sul e Tijuca, na Zona Norte.

O segmento de imóveis com preço acima de R$ 1,5 milhão vai avançar ainda mais, e o Minha Casa Minha Vida segue em frente — diz Claudio Hermolin, presidente da Ademi-RJ, que reúne empresas do setor. Diferentemente da classe média, ainda assustada com o desemprego, os investidores de maior poder aquisitivo que tinham recursos parados voltaram às compras. Para entender o peso do alto padrão nas finanças do setor, vale observar que, no ano passado, foram lançadas 8.390 unidades residenciais no Rio, alta de 16% sobre 2017.

As vendas, no entanto, recuaram 27%. Ainda assim, o valor gerado por esses negócios saltou 44%. O movimento tende a se aprofundar. — Mesmo nos projetos de alto padrão, as unidades mais caras são vendidas primeiro. São compradores com recursos reservados e que recuperaram a confiança. Isso ainda não acontece na classe média. A retomada nesse segmento só virá na carona da retomada do emprego — explica Hermolin.

No Rio By Yoo (retrofit do prédio do Flamengo no Morro da Viúva), das 103 unidades postas à venda, a preços que chegavam a R$ 3,5 milhões, restam apenas oito, justamente as de menor preço, em torno de R$ 2,5 milhões. De dois projetos lançados na Tijuca, o Move, que saiu em meados de 2018, vendeu por completo, com apartamentos de R$ 750 mil, em média. Já o Aura, lançado no fim do ano, tem metade das unidades comercializadas. O valor médio, porém, é mais alto, de R$ 900 mil.

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